ATIVIDADE
2 DO 1 ANO F –Atividade on line – NOTURNO
ENSINO MÉDIO -
GEOGRAFIA- EMI
Aula 2
1. Globalização: agentes e processos
2. Efeitos da globalização
OLÁ PESSOAL!
Orientações para essa atividade
1 – Ler os textos referentes ao 1 bimestre, ou melhor, na
retomada do 1 bimestre.
2 – Escrevam as respostas no seu caderno das atividades
propostas.
3 – quando retornarmos presencialmente eu vou considerar
como atividade realizada.
4 Não esqueçam de acessar o Google classroom do Idalina,
vocês também podem responder na parte de atividades e enviar pela plataforma.
RESPONDER E ENVIAR ATÉ 27/05/2020 NO SED
. 1. Globalização: agentes e processos
Este tema aborda o tema globalização. Trata-se de um
processo ainda em andamento, associado a grandes transformações políticas,
econômicas e sociais ocorridas em especial nas últimas décadas, quando se
ampliaram e se consolidaram múltiplas relações na escala global. Nesse novo
quadro, diferentes setores da atividade econômica, empresas, países e
indivíduos passaram a atuar nessa escala, traçando estratégias que possuem
componentes espaciais. Você verá também que, paralelamente a isso,
aprofundaram-se diferenças sociais e entre as regiões
O que é a globalização? Como ela vem se constituindo e
quais são os seus principais elementos? O que isso tem a ver com a vida de
todos nós? Para saber um pouco mais sobre esse processo, que hoje diz respeito
ao mundo todo e a cada país ou sociedade em particular, é preciso examinar
algumas mudanças ocorridas nos últimos anos do século XX. Entre essas mudanças
está o desmonte do chamado socialismo real e do principal país que adotou esse
sistema econômico, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), mais
conhecida como União Soviética. Houve, nesse período, o desenvolvimento de um
extraordinário conjunto de inovações tecnológicas, em especial da informática e
das telecomunicações, tendo a internet e seus desdobramentos como carros-chefe.
Esses processos têm sido marcados pela contínua expansão da produção e da venda
de bens e pela intensificação de fluxos de capitais pelo mundo.
Para você, o que é globalização? Quais ideias vêm à sua
cabeça ao ouvir essa palavra? Você possui ou tem acesso a aparelhos que
permitem ficar “conectado”? Quais? Para que você utiliza esses aparelhos? Para
você, o uso desses aparelhos favorece ou dificulta as relações pessoais?
Escreva seus pontos de vista.
O surgimento da globalização
O debate em torno de visões sobre a globalização e seus principais elementos
tem sido intenso nos últimos anos. Nesse processo, ainda em construção, são
muitos os pontos de vista e divergências. Levando isso em conta, pode-se dizer
que ela se refere a uma aceleração nos fluxos de bens, pessoas, serviços e
informações, que hoje circulam mais livremente e ultrapassam fronteiras
nacionais. Isso precisa ser avaliado criticamente. Por exemplo, nem todos os
trabalhadores imigrantes podem circular livremente. Mas é inegável que há um
quadro de crescente integração entre mercados, pessoas e países. Nele, empresas
ou grupos ampliam sua escala de atuação no espaço mundial. Esse ponto será
retomado mais adiante. Como ressalta o geógrafo Milton Santos, isso foi
possível, entre outras razões, por causa das inovações tecnológicas na
informática, na microeletrônica e nas telecomunicações. A primeira inovação, a
da informática, refere-se a uma verdadeira revolução, com o uso generalizado de
computadores. O desenvolvimento da microeletrônica possibilitou a construção de
circuitos eletrônicos e componentes muito pequenos que são instalados em
computadores, celulares e máquinas industriais, assim como em automóveis,
eletrodomésticos e brinquedos. As transmissões via satélite e o uso de cabos de
fibra óptica permitiram, por sua vez, a rápida transmissão de informações a
distância, ampliando o alcance das telecomunicações. Hoje, pode-se assistir
pela TV ou pela internet a algo que está ocorrendo no mesmo instante em
diferentes lugares do planeta. Esses avanços cada vez mais se integram ao
espaço geográfico e à vida social, criando o que Milton Santos chamou de meio
técnico-científico-informacional. Significa que o espaço geográfico passou a
incorporar progressivamente as inovações tecnológicas. Isso pode ser percebido
em infraestruturas de telecomunicações (torres, cabos, antenas etc.), usos de
tecnologia “de ponta” nas fábricas e fazendas modernas ou nos chamados
edifícios “inteligentes” das grandes metrópoles. Nesse último caso, as
tecnologias permitem, por exemplo, reduzir o consumo de água e energia,
aproveitar melhor a iluminação natural e diminuir custos e desperdícios. Nesse
contexto, ganha destaque uma mercadoria especial, a informação, difundida pela
internet ou pelas redes globais de comunicação (agências de notícias, portais
de bancos de dados, redes de televisão etc.). Ela é essencial para que empresas
globais e países possam tomar decisões, enviar ordens ou realizar
investimentos. Vive-se nos dias de hoje o que passou a se chamar sociedade da
informação, na qual se produz e se consome vorazmente informações. Inovações
nos meios de transporte também podem ser incluídas nesse conjunto. O uso de
modernos aviões, trens e navios de carga permite o envio de bens por longas
distâncias em tempo mais curto. Evidentemente, tais medidas têm contrapartida
social: muitas vezes prejudicam regiões, setores econômicos ou sociedades
inteiras. A ação das empresas globais Foi visto o exemplo da organização de uma
grande empresa global ou transnacional. Para compreender por que as empresas
globais são também chamadas de transnacionais, primeiramente é preciso
compreender o conceito de empresa multinacional. Multi significa “vários”,
“muitos”. Assim, multinacionais são empresas que possuem sede em seus países de
origem, mas que também têm muitas filiais em outros países. Portanto, ainda que
operem em muitos países, as multinacionais têm uma origem nacional. O prefixo
trans quer dizer “além de”, como na palavra transcender (“ir além de”,
“ultrapassar o limite”). As empresas transnacionais seriam, portanto, entidades
que ultrapassam os limites nacionais, independentemente de suas origens. Apesar
de instalar suas unidades em vários territórios nacionais, a empresa
transnacional tem como objetivo atingir a escala global. Assim, suas unidades
espalhadas pelo mundo integram uma mesma rede global, criada e organizada pela
empresa. Várias corporações já transferiram, inclusive, sedes administrativas
ou científicas para fora do país de origem, embora ainda mantenham alguns laços
e vínculos com seu território. A montadora japonesa mostrada no mapa instalou
centros de pesquisa e desenvolvimento científico-tecnológico em outros países,
como a França e os Estados Unidos. Não significa, entretanto, que não haja
ordem ou hierarquia nessa distribuição: os comandos para as unidades ficam
concentrados na sede da empresa. Mesmo assim, muitas empresas passaram a ter
vínculo mais frágil com seu país de origem. O mesmo se dá com os bens que elas
fabricam, como o automóvel. Parte das peças e componentes é fabricada em uma
unidade, em certo país; os acessórios são fabricados em outro; e a montagem
final é feita em um terceiro. Este último, por sua vez, exporta os bens prontos
para outros países. Assim se organiza a produção do chamado carro mundial.
Essas montadoras também costumam “ficar de olho” nos mercados nacionais com
potencial de crescimento (como o do Brasil), adaptando seus veículos a
preferências ou demandas locais. Desse modo, no México, elas produzem carros
pequenos e econômicos e, na Austrália, picapes e utilitários. São os chamados
mercados personalizados. As empresas escolhem criteriosamente os locais de
instalação de suas unidades produtivas. E elas têm motivos para isso. Um deles,
talvez o principal, está ligado aos baixos salários nos países procurados. Os
ganhos, porém, podem aumentar também com as concessões oferecidas por governos
locais que, por sua vez, têm interesses na atração de novas empresas e novos
investimentos. Muitas vezes, uma grande empresa já sai ganhando com as isenções
fiscais do país que vai receber sua nova fábrica. Isso se refere à participação
dos Estados nacionais no cenário global, com políticas industriais e atração de
Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE). Quando se examinam setores como o
automobilístico, o de produtos de informática ou o de máquinas e equipamentos
industriais, pode-se verificar que suas fábricas operam no novo sistema produtivo,
chamado de produção flexível. As unidades, atualmente, são intensivas em
tecnologia, com robôs e outras máquinas informatizadas que desempenham o
trabalho de várias pessoas. Desse modo, nesse sistema produtivo, as fábricas
são mais enxutas, com quadro reduzido de funcionários. Distintas, portanto, da
grande empresa industrial de décadas anteriores, com dezenas de milhares de
operários. As empresas de hoje têm apenas algumas centenas de trabalhadores,
que podem produzir mais do que as antigas unidades, que operavam no regime
fordista. Para que uma empresa se instale em um país, há também exigências
quanto à infraestrutura. Os locais precisam contar com telecomunicações, fontes
de energia, estradas em boas condições e posição estratégica, próxima de portos
e aeroportos, por exemplo. A atual produção global de mercadorias é viabilizada
por meio das sucessivas inovações nos meios de transporte, nas comunicações e
nas informações. Esses elementos compõem as redes geográficas globais, que
estão por trás da produção global de mercadorias. Elas não devem ser
confundidas com as redes sociais da internet, pois as redes geográficas são um
modo de organizar o espaço. Não são espaços contíguos, e sim formadas por
pontos, linhas e nós, como uma rede de pesca. Nessa disposição espacial, os
pontos e nós são as fábricas, e as linhas são os fluxos de mercadorias e
informações entre as unidades. Nesses sistemas, fábricas e centros de pesquisa
e de gestão pertencentes a um mesmo conglomerado podem estar localizados em
países ou continentes diferentes.
Processos similares ocorrem também no setor de serviços,
a começar pela própria informática, com a produção de softwares em diferentes
países. Nas empresas industriais, essa rede tem uma estrutura física implantada
nos territórios (fábricas, pátios, galpões de armazenagem, escritórios etc.), o
que a distingue de outro importante ator global, o sistema financeiro global. A
conexão e os fluxos entre as unidades vão configurar a rede de cada empresa. O
sistema financeiro global O sistema financeiro é composto por instituições e
operadores que lidam diariamente com a compra e a venda de ações em bolsas de
valores, títulos públicos e privados, fundos de investimento, créditos
imobiliários etc. Na arena global, esse sistema movimenta trilhões de dólares
todos os dias. O sistema financeiro global se caracteriza por não necessitar,
em boa parte, de atividades territorializadas (ou seja, implantadas fisicamente
nos territórios), como ocorre com as fábricas. Para muitas operações, basta um
agente, um computador conectado à internet, determinadas informações e o
recebimento de mensagens em uma praça financeira, mesmo estando ela situada do
outro lado do planeta (como a bolsa de valores de Tóquio em relação à de São
Paulo). Desse modo, os fluxos e as aplicações podem circular nas redes
informatizadas sem se fixarem em um território. Outro dado importante é que os
fluxos de investimentos podem ocorrer ininterruptamente, 24 horas por dia. Ao
anoitecer, um operador de Nova Iorque já pode fazer operações na Bolsa de
Tóquio ou de Shangai. Apesar de global, esse sistema também tem uma hierarquia:
é conhecido o fato de que praças financeiras como Nova Iorque, Londres e Tóquio
concentram mais da metade das transações do mundo. Como comportam margens de risco,
as operações podem ser um desastre para países, empresas ou investidores.
Crises ocorridas nos últimos anos tiveram as finanças como protagonistas, como
a de 2008, que teve início nos Estados Unidos e se espalhou para o resto do
mundo, com efeitos percebidos até hoje.
Uma sociedade civil global? Foi visto que indivíduos e
grupos podem utilizar as tecnologias modernas de comunicação e informação para
diversos fins, por exemplo, para mobilizar pessoas em torno de causas comuns.
Desde os anos 1990, muitos movimentos protestam contra a globalização. Grupos,
fóruns e organizações passaram a se organizar para as mais diversas
finalidades, utilizando mensagens em SMS, e-mails e redes sociais. Esse tipo de
mobilização ocorreu, por exemplo, durante a crise econômica iniciada em 2008,
nos Estados Unidos, com o movimento Occupy Wall Street, e também durante o
Fórum Social Mundial.
Efeitos da globalização
Neste tema serão avaliados alguns efeitos desses
processos, em particular os que geram ou reforçam desigualdades sociais.
Você já ouviu falar de situações nas quais grandes
empresas globais demitiram funcionários em unidades espalhadas pelo mundo?
Qual(is) foi(foram) a(s) empresa(s)? Por que você acha que ela(s) fez(fizeram)
isso? Escreva suas respostas.
Globalização e desemprego Em função da crise econômica
mundial ocorrida a partir de 2008, diversas empresas globais resolveram fechar
fábricas e demitir trabalhadores. Como elas atuam em escala global, suas
decisões provocam desemprego e turbulências econômicas mundo afora. Há, nesses
casos, uma relação direta entre o seu modo de operar e o aumento do desemprego
ou a transferência de empregos. Mas é sempre bom lembrar que o desemprego
também pode resultar de políticas econômicas nacionais, uma atribuição dos
governantes dos países. É importante considerar ainda que, além de fechar as
fábricas de uma mesma empresa, tais situações atingem outras companhias a ela
associadas. É comum que as unidades das empresas globais operem com a
terceirização, isto é, a empresa principal repassa etapas do processo produtivo
a outras empresas menores, que se responsabilizam, por exemplo, pela fabricação
de peças e componentes.
É comum também que tarefas como limpeza, manutenção e
alimentação sejam terceirizadas pela firma principal. Não raro, o trabalho
terceirizado é mais precário e instável, embora em muitos casos o trabalhador
tenha carteira assinada e direitos trabalhistas assegurados. Há perdas visíveis
nas cidades que sediam as fábricas, pois trabalhadores demitidos poderão se deslocar
ou deixar de consumir bens, afetando a economia local. Isso interfere na
arrecadação de impostos. Um exemplo conhecido é o de Detroit (EUA), cidade polo
de montadoras de automóveis que hoje está em franca decadência demográfica e
econômica. Certas empresas globais transferem unidades para outros países, seja
porque os salários serão mais baixos no lugar de destino ou porque terão
vantagens na instalação. Transfere-se, assim, todo o sistema produtivo e, com
isso, os empregos. Esse traço perverso da globalização não se dá apenas em
períodos de crise. É comum que haja deslocamento industrial (que alguns chamam
de deslocalização) de acordo com circunstâncias e interesses dos agentes. Isso
também tem ocorrido no Brasil, com algumas diferenças. O município de São
Paulo, por exemplo, deixou de sediar algumas das fábricas que havia em seu
território. Elas se transferiram para outros municípios da Região
Metropolitana, para o interior do Estado de São Paulo ou para outros Estados da
federação – processo conhecido como desindustrialização. O mesmo ocorreu na
aglomeração industrial do ABCD. Mas isso não significa, necessariamente,
decadência econômica. São Paulo é uma metrópole global que cada vez mais
concentra sedes de grandes empresas e serviços modernos. A capital paulista não
é mais o espaço das fábricas, mas do comando dessa produção. As inovações
tecnológicas em curso desde os últimos anos do século XX já haviam provocado
ajustes na estrutura das empresas, das atividades e do mercado de trabalho. A
regra foi a demissão de pessoas, como ocorreu com os bancos, que, com a
informatização dos seus serviços e com o uso da internet, fecharam agências. O
mesmo aconteceu com fábricas e certos setores da agricultura moderna, que
substituíram o trabalho humano por máquinas. Hoje, no Brasil, já existem
políticas e programas para inserir novamente essas pessoas no mercado de
trabalho. Assista ao filme Roger e eu (direção de Michael Moore, 1989), que
mostra os efeitos da quebra de uma montadora de veículos na cidade de Flint (EUA),
desempregando aproximadamente 30 mil pessoas. Tanto em países ricos como em
países em desenvolvimento houve absorção de parte dos trabalhadores excedentes
dos setores primário e secundário pelo setor terciário da economia, em especial
nos serviços. Trata-se de um subsetor amplo, com diferentes níveis de
qualificação para o trabalho. Mas, mesmo com essa absorção de trabalhadores,
não é possível que todos voltem a ter empregos. Em face da atual crise global,
Espanha, Grécia, Itália e Portugal são países que vivem o drama do desemprego
de forma intensa. Nesses países, há casos de pessoas que ocultam de seus
currículos sua formação para conseguir empregos. E nem sempre os novos empregos
atendem aos direitos trabalhistas, reforçando o trabalho informal ou o trabalho
precário. Muitos trabalhadores tiveram de mudar de ramo ou buscar nova formação
e novos cursos de qualificação profissional para fugir do desemprego. Essa
mudança pode se constituir em uma nova “janela” de oportunidades, mas também
pode revelar outra face da mesma história. Outra situação que não tem
necessariamente vínculo direto com o desemprego foi o surgimento e a ampliação
do teletrabalho ou trabalho a distância. Ele se tornou possível, sobretudo, por
causa do avanço de novas tecnologias de comunicação, em particular da internet
e da telefonia. Nesses casos, o trabalhador não precisa se deslocar para a
empresa todos os dias, ainda que muitas tarefas exijam o cumprimento de
horários e metas. Além disso, o trabalhador deve arcar com custos de água,
eletricidade, telefone, materiais, equipamentos, alimentação etc. Quem trabalha
em casa pode ser solicitado a qualquer momento – situação que invade sua vida
privada e pode acabar ampliando sua jornada de trabalho.
A terceirização foi a forma encontrada pelas empresas
para reduzir custos relativos aos trabalhadores. Mesmo que as empresas
registrem os empregados, é uma forma de fragilizar o contrato de trabalho, pois
os trabalhadores terceirizados não possuem os mesmos direitos que aqueles
contratados pela empresa principal. Veja um exemplo: os bancários, em razão da
ação dos sindicatos, conquistaram diversos direitos. Entre eles, o
vale-refeição, o seguro- -saúde e o piso salarial. Por isso, os bancos,
principalmente a partir da década de 1990, passaram a terceirizar serviços e
demitir os bancários, ao mesmo tempo que intensificaram o uso de tecnologias.
As tecnologias não eliminaram a necessidade de trabalhadores, pois alguém vai
continuar fazendo o serviço desses bancários. No entanto, as empresas que passam
a prestar serviços aos bancos vão contratar pessoal com salários menores e,
como não são bancários, não possuem os mesmos direitos que os demais
trabalhadores da categoria. Assim, o serviço prestado é mais barato e, com
isso, os bancos reduzem seus custos.
Atividade 1 Globalização, deslocalização industrial e
emprego
Os textos a seguir foram extraídos de portais de notícias
na internet. São, portanto, textos da esfera jornalística. Em regra, essas
matérias informam sobre acontecimentos ocorridos recentemente, indicando os
fatos, quando e onde ocorreram, e quem esteve envolvido neles. Leia os textos,
procure identificar esses elementos e responda às questões.
A Bélgica impotente perante a perda de empregos Vox
Europ, 27 nov. 2009. Disponível em: . Acesso em: 13 ago. 2014. Le Soir
|
[...] A empresa alemã DHL acaba de anunciar a 788
empregados na Bélgica que os seus postos de trabalho vão ser deslocados para
Praga [República Tcheca], Leipzig ou Bonn [Alemanha]. Uma deslocalização que
se soma aos 2.000 lugares ameaçados na fábrica Opel de Antuérpia e ao
despedimento de 43 assalariados da Sanofi, em Diegem. A Bélgica, que acolhe
inúmeras empresas estrangeiras, “perdeu o controle sobre os empregos”,
preocupa-se o [jornal] Le Soir, que duvida da “pertinência da política
econômica belga dos últimos vinte anos”. “Poucos foram os que se manifestaram
preocupados com a saída dos grandes centros de decisão econômica do nosso
país”. [...]
|
Ford fechará fábricas e cortará 5,7 mil empregos na
Europa O Estado de S. Paulo, 25 out. 2012, 11h53. Disponível em: . Acesso em:
15 out. 2014. Clarissa Mangueira, da Agência Estado 25/10/2012 / 11:53
|
Demanda por veículos na região caiu mais de 20% desde
2007; montadora prevê economizar até US$ 500 milhões
|
A montadora planeja corte de custos, que incluem o
fechamento de fábricas europeias, transferência de produção de alguns
produtos, melhora significante de utilização de capacidade e reduções de
vagas de empregos. As ações planejadas reduzirão a capacidade de montagem de
veículos, excluindo a Rússia em 18%, ou 355 mil unidades. As economias brutas
anuais relacionadas às medidas serão de entre US$ 450 milhões e US$ 500
milhões. A Ford observou que há um excesso de capacidade de produção na
região, decorrente da queda de mais de 20% da demanda total da indústria de
veículos na Europa Ocidental desde 2007. A montadora disse que as vendas de
veículos novos na região atingiram seu menor patamar em quase 20 anos neste
ano e deverão manter-se estáveis ou cair ainda mais no próximo ano. Os
fechamentos de fábricas incluem duas unidades no Reino Unido [...] e a outra
[...] na Bélgica [...]. Estas três unidades empregam atualmente cerca de
5.700 funcionários. Os planos [...] afetam 6.200 pessoas ou cerca de 13% da
força de trabalho europeia da Ford. [...]
|
1 Leia os títulos e as datas das notícias. Qual assunto
elas têm em comum?
2 Quais são as empresas citadas? Em quais setores elas
atuam? Indique também como as cidades e os países mencionados foram afetados
pelos acontecimentos.
3 Para você, existe relação entre os fatos citados e o
funcionamento da economia global? Qual? Explique sua resposta.
. Atividade 2 Disputas por espaços voltados à economia
global
Leia a reportagem a seguir, destacando e pesquisando as
palavras cujo significado você não compreende. Depois, responda às questões.
Montadoras chinesas se preparam para chegar ao Brasil O
Estado de S. Paulo, 30 ago. 2009, 9h25. Disponível em: . Acesso em: 22 set.
2014. 30
As montadoras chinesas preparam seu desembarque no
mercado brasileiro. Além da Chery, que acaba de lançar o utilitário esportivo
Tiggo no País, a [...] BYD e a [...] JAC têm planos concretos para entrar no
Brasil [...]. A estratégia chinesa é começar com importações, para testar o
mercado, e logo depois instalar fábricas no País, utilizando peças vindas da
China. Para as empresas, a presença local é importante para evitar os 35% de
tarifa de importação de carros do Brasil, para ganhar a confiança dos
consumidores e das concessionárias e se adequar às regras brasileiras. O grande
diferencial das montadoras chinesas promete ser o preço. Na China, a JAC vende
o Tongyue, motor 1.3 pelo equivalente a R$ 15 mil, enquanto o F3, da BYD, motor
1.5, sai por R$ 20 mil. O Tiggo, da Chery, é vendido hoje por R$ 49,9 mil no
Brasil, mas custa R$ 26 mil na China. A montadora também quer trazer para o
País o QQ, um compacto simples, motor 0.8, que custa apenas R$ 8,8 mil na
China. As montadoras chinesas estudam o mercado brasileiro há algum tempo.
Agora, conversam com os Estados para obter vantagens fiscais. Segundo o
embaixador do Brasil na China [...], Rio, Bahia e Ceará disputam essas
montadoras. Presentes no Brasil desde a década de [19]50 e donas de um lobby
poderoso, as montadoras europeias e americanas vão tentar dificultar o desembarque
das marcas chinesas. Mais recentemente, também se instalaram no País montadoras
coreanas e japonesas.
1 O que as montadoras de veículos chinesas pretendem
fazer no Brasil?
2 Em sua opinião, o que são as vantagens fiscais e as
disputas entre Estados brasileiros citadas no texto?
3 Um celular novo, um televisor cheio de recursos, um
notebook mais leve – depois de certo tempo, todos têm necessidade ou vontade de
comprar novos produtos para substituir os que ficaram obsoletos. Surge, então,
um problema: o que fazer com os eletrônicos antigos? Na maioria das vezes o
destino é o lixo. Com isso, a montanha de resíduos eletrônicos cresce em alta
velocidade. No Brasil, a luz amarela já acendeu há algum tempo. Após muita
discussão, a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que as empresas sejam
obrigadas a recolher e dar destino adequado a seus produtos, enquanto o governo
e os consumidores não podem fazer descaso do assunto. Seria também proibida a
eliminação de resíduos onde possa haver contaminação da água ou do solo.
Fonte: JORDÃO, Priscila. A rota do lixo. Revista Exame,
março de 2010. Disponível em: (com adaptações).
As medidas citadas buscam, pela primeira vez, distribuir
a responsabilidade sobre o descarte dos resíduos entre:
a) Fabricantes e ONGs.
b) Ambientalistas e Estado.
c) Setor privado, poder público e sociedade.
d) Empresas, poder estadual e trabalhadores rurais.
4 Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica
da assalariação do trabalho e socialização da produção, que foi característica
predominante na era industrial. A nova organização social e econômica baseada
nas tecnologias da informação visa à administração descentralizadora, ao
trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tecnologias
da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e
sua coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre
continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício. CASTELLS, M. A
sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado).
No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças
constantes nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos
nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado
a) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as
linhas de montagem sob influência dos modelos orientais de gestão.
b) o aumento das formas de teletrabalho como solução de
larga escala para o problema do desemprego crônico.
c) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como
respostas às demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos.
d) a autonomização crescente das máquinas e computadores
em substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores.
e) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes,
executivos e clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho.
Enem 2011. Prova azul. Disponível em: . Acesso em: 20
out. 2014
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