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domingo, 17 de maio de 2020

ATIVIDADE 2 DO 1 ANO F –Atividade on line – NOTURNO ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA- EMI


ATIVIDADE 2  DO 1 ANO F –Atividade on line  – NOTURNO



ENSINO MÉDIO  - GEOGRAFIA- EMI
Aula 2
1. Globalização: agentes e processos
2. Efeitos da globalização
OLÁ PESSOAL!
Orientações para essa atividade
1 – Ler os textos referentes ao 1 bimestre, ou melhor, na retomada do 1 bimestre.
2 – Escrevam as respostas no seu caderno das atividades propostas.
3 – quando retornarmos presencialmente eu vou considerar como atividade realizada.
4 Não esqueçam de acessar o Google classroom do Idalina, vocês também podem responder na parte de atividades e enviar pela plataforma.
RESPONDER  E ENVIAR ATÉ 27/05/2020 NO SED
. 1. Globalização: agentes e processos

Este tema aborda o tema globalização. Trata-se de um processo ainda em andamento, associado a grandes transformações políticas, econômicas e sociais ocorridas em especial nas últimas décadas, quando se ampliaram e se consolidaram múltiplas relações na escala global. Nesse novo quadro, diferentes setores da atividade econômica, empresas, países e indivíduos passaram a atuar nessa escala, traçando estratégias que possuem componentes espaciais. Você verá também que, paralelamente a isso, aprofundaram-se diferenças sociais e entre as regiões
O que é a globalização? Como ela vem se constituindo e quais são os seus principais elementos? O que isso tem a ver com a vida de todos nós? Para saber um pouco mais sobre esse processo, que hoje diz respeito ao mundo todo e a cada país ou sociedade em particular, é preciso examinar algumas mudanças ocorridas nos últimos anos do século XX. Entre essas mudanças está o desmonte do chamado socialismo real e do principal país que adotou esse sistema econômico, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), mais conhecida como União Soviética. Houve, nesse período, o desenvolvimento de um extraordinário conjunto de inovações tecnológicas, em especial da informática e das telecomunicações, tendo a internet e seus desdobramentos como carros-chefe. Esses processos têm sido marcados pela contínua expansão da produção e da venda de bens e pela intensificação de fluxos de capitais pelo mundo.
Para você, o que é globalização? Quais ideias vêm à sua cabeça ao ouvir essa palavra? Você possui ou tem acesso a aparelhos que permitem ficar “conectado”? Quais? Para que você utiliza esses aparelhos? Para você, o uso desses aparelhos favorece ou dificulta as relações pessoais? Escreva seus pontos de vista.
O surgimento da globalização O debate em torno de visões sobre a globalização e seus principais elementos tem sido intenso nos últimos anos. Nesse processo, ainda em construção, são muitos os pontos de vista e divergências. Levando isso em conta, pode-se dizer que ela se refere a uma aceleração nos fluxos de bens, pessoas, serviços e informações, que hoje circulam mais livremente e ultrapassam fronteiras nacionais. Isso precisa ser avaliado criticamente. Por exemplo, nem todos os trabalhadores imigrantes podem circular livremente. Mas é inegável que há um quadro de crescente integração entre mercados, pessoas e países. Nele, empresas ou grupos ampliam sua escala de atuação no espaço mundial. Esse ponto será retomado mais adiante. Como ressalta o geógrafo Milton Santos, isso foi possível, entre outras razões, por causa das inovações tecnológicas na informática, na microeletrônica e nas telecomunicações. A primeira inovação, a da informática, refere-se a uma verdadeira revolução, com o uso generalizado de computadores. O desenvolvimento da microeletrônica possibilitou a construção de circuitos eletrônicos e componentes muito pequenos que são instalados em computadores, celulares e máquinas industriais, assim como em automóveis, eletrodomésticos e brinquedos. As transmissões via satélite e o uso de cabos de fibra óptica permitiram, por sua vez, a rápida transmissão de informações a distância, ampliando o alcance das telecomunicações. Hoje, pode-se assistir pela TV ou pela internet a algo que está ocorrendo no mesmo instante em diferentes lugares do planeta. Esses avanços cada vez mais se integram ao espaço geográfico e à vida social, criando o que Milton Santos chamou de meio técnico-científico-informacional. Significa que o espaço geográfico passou a incorporar progressivamente as inovações tecnológicas. Isso pode ser percebido em infraestruturas de telecomunicações (torres, cabos, antenas etc.), usos de tecnologia “de ponta” nas fábricas e fazendas modernas ou nos chamados edifícios “inteligentes” das grandes metrópoles. Nesse último caso, as tecnologias permitem, por exemplo, reduzir o consumo de água e energia, aproveitar melhor a iluminação natural e diminuir custos e desperdícios. Nesse contexto, ganha destaque uma mercadoria especial, a informação, difundida pela internet ou pelas redes globais de comunicação (agências de notícias, portais de bancos de dados, redes de televisão etc.). Ela é essencial para que empresas globais e países possam tomar decisões, enviar ordens ou realizar investimentos. Vive-se nos dias de hoje o que passou a se chamar sociedade da informação, na qual se produz e se consome vorazmente informações. Inovações nos meios de transporte também podem ser incluídas nesse conjunto. O uso de modernos aviões, trens e navios de carga permite o envio de bens por longas distâncias em tempo mais curto. Evidentemente, tais medidas têm contrapartida social: muitas vezes prejudicam regiões, setores econômicos ou sociedades inteiras. A ação das empresas globais Foi visto o exemplo da organização de uma grande empresa global ou transnacional. Para compreender por que as empresas globais são também chamadas de transnacionais, primeiramente é preciso compreender o conceito de empresa multinacional. Multi significa “vários”, “muitos”. Assim, multinacionais são empresas que possuem sede em seus países de origem, mas que também têm muitas filiais em outros países. Portanto, ainda que operem em muitos países, as multinacionais têm uma origem nacional. O prefixo trans quer dizer “além de”, como na palavra transcender (“ir além de”, “ultrapassar o limite”). As empresas transnacionais seriam, portanto, entidades que ultrapassam os limites nacionais, independentemente de suas origens. Apesar de instalar suas unidades em vários territórios nacionais, a empresa transnacional tem como objetivo atingir a escala global. Assim, suas unidades espalhadas pelo mundo integram uma mesma rede global, criada e organizada pela empresa. Várias corporações já transferiram, inclusive, sedes administrativas ou científicas para fora do país de origem, embora ainda mantenham alguns laços e vínculos com seu território. A montadora japonesa mostrada no mapa instalou centros de pesquisa e desenvolvimento científico-tecnológico em outros países, como a França e os Estados Unidos. Não significa, entretanto, que não haja ordem ou hierarquia nessa distribuição: os comandos para as unidades ficam concentrados na sede da empresa. Mesmo assim, muitas empresas passaram a ter vínculo mais frágil com seu país de origem. O mesmo se dá com os bens que elas fabricam, como o automóvel. Parte das peças e componentes é fabricada em uma unidade, em certo país; os acessórios são fabricados em outro; e a montagem final é feita em um terceiro. Este último, por sua vez, exporta os bens prontos para outros países. Assim se organiza a produção do chamado carro mundial. Essas montadoras também costumam “ficar de olho” nos mercados nacionais com potencial de crescimento (como o do Brasil), adaptando seus veículos a preferências ou demandas locais. Desse modo, no México, elas produzem carros pequenos e econômicos e, na Austrália, picapes e utilitários. São os chamados mercados personalizados. As empresas escolhem criteriosamente os locais de instalação de suas unidades produtivas. E elas têm motivos para isso. Um deles, talvez o principal, está ligado aos baixos salários nos países procurados. Os ganhos, porém, podem aumentar também com as concessões oferecidas por governos locais que, por sua vez, têm interesses na atração de novas empresas e novos investimentos. Muitas vezes, uma grande empresa já sai ganhando com as isenções fiscais do país que vai receber sua nova fábrica. Isso se refere à participação dos Estados nacionais no cenário global, com políticas industriais e atração de Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE). Quando se examinam setores como o automobilístico, o de produtos de informática ou o de máquinas e equipamentos industriais, pode-se verificar que suas fábricas operam no novo sistema produtivo, chamado de produção flexível. As unidades, atualmente, são intensivas em tecnologia, com robôs e outras máquinas informatizadas que desempenham o trabalho de várias pessoas. Desse modo, nesse sistema produtivo, as fábricas são mais enxutas, com quadro reduzido de funcionários. Distintas, portanto, da grande empresa industrial de décadas anteriores, com dezenas de milhares de operários. As empresas de hoje têm apenas algumas centenas de trabalhadores, que podem produzir mais do que as antigas unidades, que operavam no regime fordista. Para que uma empresa se instale em um país, há também exigências quanto à infraestrutura. Os locais precisam contar com telecomunicações, fontes de energia, estradas em boas condições e posição estratégica, próxima de portos e aeroportos, por exemplo. A atual produção global de mercadorias é viabilizada por meio das sucessivas inovações nos meios de transporte, nas comunicações e nas informações. Esses elementos compõem as redes geográficas globais, que estão por trás da produção global de mercadorias. Elas não devem ser confundidas com as redes sociais da internet, pois as redes geográficas são um modo de organizar o espaço. Não são espaços contíguos, e sim formadas por pontos, linhas e nós, como uma rede de pesca. Nessa disposição espacial, os pontos e nós são as fábricas, e as linhas são os fluxos de mercadorias e informações entre as unidades. Nesses sistemas, fábricas e centros de pesquisa e de gestão pertencentes a um mesmo conglomerado podem estar localizados em países ou continentes diferentes.
Processos similares ocorrem também no setor de serviços, a começar pela própria informática, com a produção de softwares em diferentes países. Nas empresas industriais, essa rede tem uma estrutura física implantada nos territórios (fábricas, pátios, galpões de armazenagem, escritórios etc.), o que a distingue de outro importante ator global, o sistema financeiro global. A conexão e os fluxos entre as unidades vão configurar a rede de cada empresa. O sistema financeiro global O sistema financeiro é composto por instituições e operadores que lidam diariamente com a compra e a venda de ações em bolsas de valores, títulos públicos e privados, fundos de investimento, créditos imobiliários etc. Na arena global, esse sistema movimenta trilhões de dólares todos os dias. O sistema financeiro global se caracteriza por não necessitar, em boa parte, de atividades territorializadas (ou seja, implantadas fisicamente nos territórios), como ocorre com as fábricas. Para muitas operações, basta um agente, um computador conectado à internet, determinadas informações e o recebimento de mensagens em uma praça financeira, mesmo estando ela situada do outro lado do planeta (como a bolsa de valores de Tóquio em relação à de São Paulo). Desse modo, os fluxos e as aplicações podem circular nas redes informatizadas sem se fixarem em um território. Outro dado importante é que os fluxos de investimentos podem ocorrer ininterruptamente, 24 horas por dia. Ao anoitecer, um operador de Nova Iorque já pode fazer operações na Bolsa de Tóquio ou de Shangai. Apesar de global, esse sistema também tem uma hierarquia: é conhecido o fato de que praças financeiras como Nova Iorque, Londres e Tóquio concentram mais da metade das transações do mundo. Como comportam margens de risco, as operações podem ser um desastre para países, empresas ou investidores. Crises ocorridas nos últimos anos tiveram as finanças como protagonistas, como a de 2008, que teve início nos Estados Unidos e se espalhou para o resto do mundo, com efeitos percebidos até hoje.
Uma sociedade civil global? Foi visto que indivíduos e grupos podem utilizar as tecnologias modernas de comunicação e informação para diversos fins, por exemplo, para mobilizar pessoas em torno de causas comuns. Desde os anos 1990, muitos movimentos protestam contra a globalização. Grupos, fóruns e organizações passaram a se organizar para as mais diversas finalidades, utilizando mensagens em SMS, e-mails e redes sociais. Esse tipo de mobilização ocorreu, por exemplo, durante a crise econômica iniciada em 2008, nos Estados Unidos, com o movimento Occupy Wall Street, e também durante o Fórum Social Mundial.
Efeitos da globalização
Neste tema serão avaliados alguns efeitos desses processos, em particular os que geram ou reforçam desigualdades sociais.
Você já ouviu falar de situações nas quais grandes empresas globais demitiram funcionários em unidades espalhadas pelo mundo? Qual(is) foi(foram) a(s) empresa(s)? Por que você acha que ela(s) fez(fizeram) isso? Escreva suas respostas.
Globalização e desemprego Em função da crise econômica mundial ocorrida a partir de 2008, diversas empresas globais resolveram fechar fábricas e demitir trabalhadores. Como elas atuam em escala global, suas decisões provocam desemprego e turbulências econômicas mundo afora. Há, nesses casos, uma relação direta entre o seu modo de operar e o aumento do desemprego ou a transferência de empregos. Mas é sempre bom lembrar que o desemprego também pode resultar de políticas econômicas nacionais, uma atribuição dos governantes dos países. É importante considerar ainda que, além de fechar as fábricas de uma mesma empresa, tais situações atingem outras companhias a ela associadas. É comum que as unidades das empresas globais operem com a terceirização, isto é, a empresa principal repassa etapas do processo produtivo a outras empresas menores, que se responsabilizam, por exemplo, pela fabricação de peças e componentes.
É comum também que tarefas como limpeza, manutenção e alimentação sejam terceirizadas pela firma principal. Não raro, o trabalho terceirizado é mais precário e instável, embora em muitos casos o trabalhador tenha carteira assinada e direitos trabalhistas assegurados. Há perdas visíveis nas cidades que sediam as fábricas, pois trabalhadores demitidos poderão se deslocar ou deixar de consumir bens, afetando a economia local. Isso interfere na arrecadação de impostos. Um exemplo conhecido é o de Detroit (EUA), cidade polo de montadoras de automóveis que hoje está em franca decadência demográfica e econômica. Certas empresas globais transferem unidades para outros países, seja porque os salários serão mais baixos no lugar de destino ou porque terão vantagens na instalação. Transfere-se, assim, todo o sistema produtivo e, com isso, os empregos. Esse traço perverso da globalização não se dá apenas em períodos de crise. É comum que haja deslocamento industrial (que alguns chamam de deslocalização) de acordo com circunstâncias e interesses dos agentes. Isso também tem ocorrido no Brasil, com algumas diferenças. O município de São Paulo, por exemplo, deixou de sediar algumas das fábricas que havia em seu território. Elas se transferiram para outros municípios da Região Metropolitana, para o interior do Estado de São Paulo ou para outros Estados da federação – processo conhecido como desindustrialização. O mesmo ocorreu na aglomeração industrial do ABCD. Mas isso não significa, necessariamente, decadência econômica. São Paulo é uma metrópole global que cada vez mais concentra sedes de grandes empresas e serviços modernos. A capital paulista não é mais o espaço das fábricas, mas do comando dessa produção. As inovações tecnológicas em curso desde os últimos anos do século XX já haviam provocado ajustes na estrutura das empresas, das atividades e do mercado de trabalho. A regra foi a demissão de pessoas, como ocorreu com os bancos, que, com a informatização dos seus serviços e com o uso da internet, fecharam agências. O mesmo aconteceu com fábricas e certos setores da agricultura moderna, que substituíram o trabalho humano por máquinas. Hoje, no Brasil, já existem políticas e programas para inserir novamente essas pessoas no mercado de trabalho. Assista ao filme Roger e eu (direção de Michael Moore, 1989), que mostra os efeitos da quebra de uma montadora de veículos na cidade de Flint (EUA), desempregando aproximadamente 30 mil pessoas. Tanto em países ricos como em países em desenvolvimento houve absorção de parte dos trabalhadores excedentes dos setores primário e secundário pelo setor terciário da economia, em especial nos serviços. Trata-se de um subsetor amplo, com diferentes níveis de qualificação para o trabalho. Mas, mesmo com essa absorção de trabalhadores, não é possível que todos voltem a ter empregos. Em face da atual crise global, Espanha, Grécia, Itália e Portugal são países que vivem o drama do desemprego de forma intensa. Nesses países, há casos de pessoas que ocultam de seus currículos sua formação para conseguir empregos. E nem sempre os novos empregos atendem aos direitos trabalhistas, reforçando o trabalho informal ou o trabalho precário. Muitos trabalhadores tiveram de mudar de ramo ou buscar nova formação e novos cursos de qualificação profissional para fugir do desemprego. Essa mudança pode se constituir em uma nova “janela” de oportunidades, mas também pode revelar outra face da mesma história. Outra situação que não tem necessariamente vínculo direto com o desemprego foi o surgimento e a ampliação do teletrabalho ou trabalho a distância. Ele se tornou possível, sobretudo, por causa do avanço de novas tecnologias de comunicação, em particular da internet e da telefonia. Nesses casos, o trabalhador não precisa se deslocar para a empresa todos os dias, ainda que muitas tarefas exijam o cumprimento de horários e metas. Além disso, o trabalhador deve arcar com custos de água, eletricidade, telefone, materiais, equipamentos, alimentação etc. Quem trabalha em casa pode ser solicitado a qualquer momento – situação que invade sua vida privada e pode acabar ampliando sua jornada de trabalho.
A terceirização foi a forma encontrada pelas empresas para reduzir custos relativos aos trabalhadores. Mesmo que as empresas registrem os empregados, é uma forma de fragilizar o contrato de trabalho, pois os trabalhadores terceirizados não possuem os mesmos direitos que aqueles contratados pela empresa principal. Veja um exemplo: os bancários, em razão da ação dos sindicatos, conquistaram diversos direitos. Entre eles, o vale-refeição, o seguro- -saúde e o piso salarial. Por isso, os bancos, principalmente a partir da década de 1990, passaram a terceirizar serviços e demitir os bancários, ao mesmo tempo que intensificaram o uso de tecnologias. As tecnologias não eliminaram a necessidade de trabalhadores, pois alguém vai continuar fazendo o serviço desses bancários. No entanto, as empresas que passam a prestar serviços aos bancos vão contratar pessoal com salários menores e, como não são bancários, não possuem os mesmos direitos que os demais trabalhadores da categoria. Assim, o serviço prestado é mais barato e, com isso, os bancos reduzem seus custos.
Atividade 1 Globalização, deslocalização industrial e emprego
Os textos a seguir foram extraídos de portais de notícias na internet. São, portanto, textos da esfera jornalística. Em regra, essas matérias informam sobre acontecimentos ocorridos recentemente, indicando os fatos, quando e onde ocorreram, e quem esteve envolvido neles. Leia os textos, procure identificar esses elementos e responda às questões.

A Bélgica impotente perante a perda de empregos Vox Europ, 27 nov. 2009. Disponível em: . Acesso em: 13 ago. 2014. Le Soir
[...] A empresa alemã DHL acaba de anunciar a 788 empregados na Bélgica que os seus postos de trabalho vão ser deslocados para Praga [República Tcheca], Leipzig ou Bonn [Alemanha]. Uma deslocalização que se soma aos 2.000 lugares ameaçados na fábrica Opel de Antuérpia e ao despedimento de 43 assalariados da Sanofi, em Diegem. A Bélgica, que acolhe inúmeras empresas estrangeiras, “perdeu o controle sobre os empregos”, preocupa-se o [jornal] Le Soir, que duvida da “pertinência da política econômica belga dos últimos vinte anos”. “Poucos foram os que se manifestaram preocupados com a saída dos grandes centros de decisão econômica do nosso país”. [...]

Ford fechará fábricas e cortará 5,7 mil empregos na Europa O Estado de S. Paulo, 25 out. 2012, 11h53. Disponível em: . Acesso em: 15 out. 2014. Clarissa Mangueira, da Agência Estado 25/10/2012 / 11:53
Demanda por veículos na região caiu mais de 20% desde 2007; montadora prevê economizar até US$ 500 milhões
A montadora planeja corte de custos, que incluem o fechamento de fábricas europeias, transferência de produção de alguns produtos, melhora significante de utilização de capacidade e reduções de vagas de empregos. As ações planejadas reduzirão a capacidade de montagem de veículos, excluindo a Rússia em 18%, ou 355 mil unidades. As economias brutas anuais relacionadas às medidas serão de entre US$ 450 milhões e US$ 500 milhões. A Ford observou que há um excesso de capacidade de produção na região, decorrente da queda de mais de 20% da demanda total da indústria de veículos na Europa Ocidental desde 2007. A montadora disse que as vendas de veículos novos na região atingiram seu menor patamar em quase 20 anos neste ano e deverão manter-se estáveis ou cair ainda mais no próximo ano. Os fechamentos de fábricas incluem duas unidades no Reino Unido [...] e a outra [...] na Bélgica [...]. Estas três unidades empregam atualmente cerca de 5.700 funcionários. Os planos [...] afetam 6.200 pessoas ou cerca de 13% da força de trabalho europeia da Ford. [...]
1 Leia os títulos e as datas das notícias. Qual assunto elas têm em comum?
2 Quais são as empresas citadas? Em quais setores elas atuam? Indique também como as cidades e os países mencionados foram afetados pelos acontecimentos.
3 Para você, existe relação entre os fatos citados e o funcionamento da economia global? Qual? Explique sua resposta.
. Atividade 2 Disputas por espaços voltados à economia global
Leia a reportagem a seguir, destacando e pesquisando as palavras cujo significado você não compreende. Depois, responda às questões.
Montadoras chinesas se preparam para chegar ao Brasil O Estado de S. Paulo, 30 ago. 2009, 9h25. Disponível em: . Acesso em: 22 set. 2014. 30
As montadoras chinesas preparam seu desembarque no mercado brasileiro. Além da Chery, que acaba de lançar o utilitário esportivo Tiggo no País, a [...] BYD e a [...] JAC têm planos concretos para entrar no Brasil [...]. A estratégia chinesa é começar com importações, para testar o mercado, e logo depois instalar fábricas no País, utilizando peças vindas da China. Para as empresas, a presença local é importante para evitar os 35% de tarifa de importação de carros do Brasil, para ganhar a confiança dos consumidores e das concessionárias e se adequar às regras brasileiras. O grande diferencial das montadoras chinesas promete ser o preço. Na China, a JAC vende o Tongyue, motor 1.3 pelo equivalente a R$ 15 mil, enquanto o F3, da BYD, motor 1.5, sai por R$ 20 mil. O Tiggo, da Chery, é vendido hoje por R$ 49,9 mil no Brasil, mas custa R$ 26 mil na China. A montadora também quer trazer para o País o QQ, um compacto simples, motor 0.8, que custa apenas R$ 8,8 mil na China. As montadoras chinesas estudam o mercado brasileiro há algum tempo. Agora, conversam com os Estados para obter vantagens fiscais. Segundo o embaixador do Brasil na China [...], Rio, Bahia e Ceará disputam essas montadoras. Presentes no Brasil desde a década de [19]50 e donas de um lobby poderoso, as montadoras europeias e americanas vão tentar dificultar o desembarque das marcas chinesas. Mais recentemente, também se instalaram no País montadoras coreanas e japonesas.
1 O que as montadoras de veículos chinesas pretendem fazer no Brasil?
2 Em sua opinião, o que são as vantagens fiscais e as disputas entre Estados brasileiros citadas no texto?
3 Um celular novo, um televisor cheio de recursos, um notebook mais leve – depois de certo tempo, todos têm necessidade ou vontade de comprar novos produtos para substituir os que ficaram obsoletos. Surge, então, um problema: o que fazer com os eletrônicos antigos? Na maioria das vezes o destino é o lixo. Com isso, a montanha de resíduos eletrônicos cresce em alta velocidade. No Brasil, a luz amarela já acendeu há algum tempo. Após muita discussão, a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que as empresas sejam obrigadas a recolher e dar destino adequado a seus produtos, enquanto o governo e os consumidores não podem fazer descaso do assunto. Seria também proibida a eliminação de resíduos onde possa haver contaminação da água ou do solo.
Fonte: JORDÃO, Priscila. A rota do lixo. Revista Exame, março de 2010. Disponível em: (com adaptações).
As medidas citadas buscam, pela primeira vez, distribuir a responsabilidade sobre o descarte dos resíduos entre:
a) Fabricantes e ONGs.
b) Ambientalistas e Estado.
c) Setor privado, poder público e sociedade.
d) Empresas, poder estadual e trabalhadores rurais.
4 Estamos testemunhando o reverso da tendência histórica da assalariação do trabalho e socialização da produção, que foi característica predominante na era industrial. A nova organização social e econômica baseada nas tecnologias da informação visa à administração descentralizadora, ao trabalho individualizante e aos mercados personalizados. As novas tecnologias da informação possibilitam, ao mesmo tempo, a descentralização das tarefas e sua coordenação em uma rede interativa de comunicação em tempo real, seja entre continentes, seja entre os andares de um mesmo edifício. CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2006 (adaptado).
No contexto descrito, as sociedades vivenciam mudanças constantes nas ferramentas de comunicação que afetam os processos produtivos nas empresas. Na esfera do trabalho, tais mudanças têm provocado
a) o aprofundamento dos vínculos dos operários com as linhas de montagem sob influência dos modelos orientais de gestão.
b) o aumento das formas de teletrabalho como solução de larga escala para o problema do desemprego crônico.
c) o avanço do trabalho flexível e da terceirização como respostas às demandas por inovação e com vistas à mobilidade dos investimentos.
d) a autonomização crescente das máquinas e computadores em substituição ao trabalho dos especialistas técnicos e gestores.
e) o fortalecimento do diálogo entre operários, gerentes, executivos e clientes com a garantia de harmonização das relações de trabalho.
Enem 2011. Prova azul. Disponível em: . Acesso em: 20 out. 2014

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